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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

DOMINGOS DA CRUZ (1880-1932)


"Evocando Domingos da Cruz, figura de relevo de "A Voz do Operário"

A Voz do Operário”, notável associação fundada por operários tabaqueiros, comemora amanhã 130 anos de vida. É uma instituição que marcou profundamente a nossa História, proclamando a instrução, a solidariedade e os princípios democráticos.

Exemplo ímpar de cidadania, “A Voz do Operário” foi feita por sucessivas gerações de homens e mulheres que nela se empenharam desinteressadamente. Um dos seus mais notáveis dirigentes foi Domingos da Cruz (1880 - 1932), 2o tenente do Serviço de Saúde da Armada. Esteve muitos anos no Hospital da Marinha, onde foi bibliotecário e arquivista, leccionando instrução primária a grupos de marinheiros. Era Oficial da Ordem Militar de Cristo (1922).

Republicano desde muito novo, foi deputado pelo círculo de Gaia em 1915 – 1917 e 1919 – 1921. Entre 1917 e 1923 foi chefe de gabinete de vários ministros do Trabalho, das Colónias e do Comércio.

Como jornalista, trabalhou em O Século, O Mundo e A Pátria, e dirigiu A Província de Angola, em 1925 e 1926.

Mas foi no campo do associativismo que Domingos da Cruz deixou uma marca mais profunda. Fundou a Cooperativa dos Sargentos da Marinha, participou nos congressos mutualistas de 1917 e 1935 e dirigiu a Federação das Associações de Socorros Mútuos entre 1915 e 1930.

Publicou diversos livros e opúsculos sobre temas ultramarinos, mutualistas, de instrução e questões económicas e sociais. Foi um sócio destacado da Sociedade 'A Voz do Operário', para onde entrou em 19 de Agosto de 1911. Ali desempenhou os cargos de secretário dos Serviços de Instrução (1924), membro da Subcomissão de Instrução, Educação e Arte (1928-1930, 1934-1936), membro da Comissão Revisora dos Estatutos (1929-1930) e Presidente da Comissão Administrativa (1949-1953). Teve um papel determinante no desenvolvimento da associação, com a melhoria dos serviços de instrução, a criação de uma cantina escolar, uma caixa de previdência dos alunos, etc.

Pela sua actividade contra a Ditadura Militar foi preso em 17 de Julho de 1930 no forte de São Julião da Barra e depois deportado para os Açores, com residência fixa na Horta, onde chegou a 27 de Agosto daquele ano, só regressando à Metrópole a 30 de Abril de 1932.

Iniciado na Maçonaria em 1 de Outubro de 1915 na Loja Paz no 296, de Lisboa, com o nome simbólico de 'Plebeu', exerceu os cargos de Orador (1929), representante à Grande Dieta (1930) e de Venerável (1935), quando a Maçonaria foi proibida"


J.M.M.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

ÁREAS INDUSTRIAIS E COMUNIDADES OPERÁRIAS EM LISBOA


Vai realizar-se em Lisboa, nos próximos dias 20, 21 e 22 de Outubro de 2011 a II Sessão do Projecto de Investigação subordinado ao tema: Áreas Industriais e Comunidades Operárias.

Esta organização da FCSH-UNL e da UPP vai procurar reunir vários investigadores interessados nesta temática.

O programa é o seguinte:


Entre os oradores contam-se: Miriam Halpern Pereira, José Maria Brandão de Brito, Fernanda Rolo, Ana Prata, Frédéric Vidal, João Freire, João Arsénio Nunes, Manuel Loff, Joana Dias Pereira, Dulce Freire, João Madeira, Alice Samara, entre vários outros.

Um excelente conjunto de investigadores a partilharem entre si as diferentes abordagens e diversas formas de análise que resultarão num encontro certamente proveitoso para todos os interessados.

A não perder.
A.A.B.M.

domingo, 26 de junho de 2011

ESTATUTOS DA SOCIEDADE DE INSTRUCÇÃO E BENEFICIENCIA A VOZ DO OPERÁRIO


DIPLOMA e ESTATUTOS da Sociedade de Instrução e Beneficiência A VOZ DO OPERÁRIO, Lisboa, Tipografia de A Voz do Operário (Travessa das Mónicas, 17), 1913.

NOTA: Trata-se dos Estatutos aprovados em 30 de Abril de 1904 e distribuído aos associados pelo custo de 60 réis [via Torre do Tombo]

ESTATUTOS da Sociedade de Instrução e Beneficiência A VOZ DO OPERÁRIO AQUI Digitalizados

J.M.M.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

A UNIVERSIDADE POPULAR



As Universidades Populares tiveram origem em França nos finais do séc. XIX, procurando difundir os conhecimentos entre as massas populares e tentando ultrapassar as barreiras existentes entre as classes intelectuais e a classe operária.

Em Portugal, esta associação, criada pela iniciativa de Feio Terenas, em 1906, com o apoio e influência da Maçonaria, tinha por objectivo "desenvolver o ensino popular pela mútua educação dos cidadãos".

Procurava seguir os mesmos moldes das organizações congéneres criadas no estrangeiro e organizou cursos livres, conferências, leituras, palestras, concertos, visitas a museus, fábricas, exposições, etc. Os resultados acabaram por ficar aquém das expectativas, porque até 1910 a sua acção foi muito localizada no tempo e no espaço. A partir de 1911, conhece um período de reorganização a que se segue uma intensificação das actividades. Nesse contexto, emerge então a Universidade Popular no Porto, já em 1912.

Faziam parte da Comissão Promotora da Universidade Popular: Sebastião de Magalhães Lima (presidente); José de Castro; António Joaquim Ribeiro; Adelino Furtado; João de Barros; José António Simões Raposo (Filho); Carneiro de Moura; João Teixeira Simões; Ernesto de Vasconcelos e Damásio Ribeiro.

O plano de estudo elaborado por esta comissão incluía as seguintes áreas de estudo a desenvolver: matemáticas, as ciências físico-químicas, as ciências biológicas e as ciências sociais (história, economia, direito, educação, etc).

Com a eclosão da 1a Guerra Mundial, a situação agrava-se bastante em Portugal, e, somente após o final do conflito surgem novos esforços para recuperar esta forma de promover a cultura. Assim, em 1919, funda-se em Lisboa a Universidade Popular Portuguesa, que o governo republicano da época logo reconheceu a utilidade e decide apoiar de forma mais empenhada com um subsídio para apoiar as actividades a desenvolver. A Universidade Popular renasce e floresce até 1922, tendo publicado por essa altura uma revista de instrução e cultura intitulada Educação Popular.

Várias personalidades de destaque estiveram ligadas à Universidade Popular como Bento de Jesus Caraça, Tomás Cabreira, Manuel de Arriaga, Ferreira de Macedo entre muitos outros.

A Universidade Popular entra em crise com o advento da Ditadura, as desconfianças com o apoio dado aos opositores ao regime conduzem a perseguições declaradas. A instituição termina a sua actividade em 1950, tendo entregue todo o seu património à Sociedade Voz do Operário.

A.A.B.M.
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