Jody Scheckter
Cquote1.png Ele é uma ameaça. Do jeito que guia, vai acabar machucando alguém seriamente Cquote2.png
Emerson Fittipaldi sobre Scheckter, o mentor de Maldonado
Jody Scheckter foi um piloto de Formula 1, hoje considerado como o Romain Grosjean dos anos 70 (com a diferença que tomou jeito na vida e foi campeão uma vez). Apesar da cara de holandês, era um piloto sul-africano, algo que fica bem nítido quando ao se aposentar das pistas ele vira um fazendeiro, comprovando a sua ascendência bôer. Apesar de ter sido campeão de Formula 1 em 1979, é mais conhecido por sua brilhante temporada de 1973, quando em quatro corridas bateu em 25 carros.
Formula 1[editar ]
McLaren[editar ]
Na Formula 1 Jody Scheckter começou como piloto reserva da McLaren em 1972, sendo contratado então com 21 anos de idade como um jovem promissor muito conhecido por sua agressiva e ausência de medo de morrer. Naquele ano participou de só uma corrida, em Watkins Glen nos Estados Unidos, aproveitando-se que não haviam regras (vide o desenho animado da época, Speed Racer) e que uma equipe podia do nada incluir três carros no grid. Em sua estreia largou em oitavo e durante a corrida estava em terceiro, algo impressionante, pois ultrapassava os adversários sem ter medo de morrer, mas foi aí que sua temeridade cobrou seu preço, quando ele rodou e terminou a corrida apenas em nono, causando já sua má impressão.
No ano seguinte correu mais vezes na McLaren (ou pelo menos tentou, já que bateu em todas corridas que tentou participar). Na corrida da África do Sul, por exemplo, até liderou 42 voltas, mas aí quando Emerson Fittipaldi tentou ultrapassá-lo no fim, Scheckter achou que era justo jogar seu carro em cima do brasileiro para tentar impedi-lo, causando a ira dos adversários, que ao contrário do sul-africano tinham medo de morrer, e Scheckter foi amplamente criticado. Todos estavam certos, pois logo na corrida seguinte da Grã-bretanha Scheckter confundiu seu carro com um cortador de grama e foi dar um passeio fora do asfalto, para depois bater e voltar para a pista completamente atravessado, sendo abalroado por uma dezena de carros que vinham atrás, arruinando assim a corrida de 11 carros de uma vez e arruinando a carreira de 1 piloto (o itlaiano Andrea De Adamich, que devido às múltiplas fraturas no osso do cóccix nunca mais participaria de uma corrida), um recorde de desgraça que jamais foi superado por Patrese, Maldonado ou Grosjean. Não satisfeito, Scheckter correu no Canadá, usando o bizarro número 0 que diga-se de passagem era bem apropriado a ele, e mais uma vez bateu e voltou atravessado pra pista, arruinando a corrida de François Cévert e mais outros 10 carros. Por incrível que oapreça, deixaram esse cara disputar a última corrida do calendário, e advinha? Bateu no Graham Hill.
Tyrrell[editar ]
Tudo indicava que após o desastroso 1973 a carreira de Scheckter havia terminado, tipo a do Karun Chandhok. Mas com a morte de François Cévert e a aposentadoria de Jackie Stewart, a equipe Tyrrell estava sem pilotos e precisou às pressas contratar qualquer um, aceitando-se como "qualquer um" o sul-africano Jody Scheckter. Ciente que deveria parar de fazer merdas, Scheckter fez três anos medianos pelo Tyrrell, tentando ao máximo não assassinar os rivais com suas maluquices e derrapagens perigosas sempre só nas curvas de alta velocidade.
Destacou-se em 1976 quando guiou o clássico Tyrrel de 6 rodas, deixando claro que a Formula 1 da época era pior que a Corrida Maluca. Apesar das seis rodas, o carro não andava 6 vezes mais rápido (como algum gênio talvez tivesse deduzido), mas até que ganhou uma vez usando aquele carro esquisito.
Walter Wolf Racing[editar ]
Para 1977 surpreendeu a todos quando assinou com a Walter Wolf Racing, uma equipe novata (como se fosse sair da RBR para ir correr na Manor). Surpreendeu a todos mais ainda quando na estreia da equipe novata, venceu na Argentina, superando um Carlos Pace desidratado e um Carlos Reutemann que se recusava a ganhar em casa. Ainda seria vice do Mundial daquele ano, mas porque Niki Lauda ainda corria, o último piloto bom da década de 70 que ainda não havia se aposentado e que impedia porcarias como Scheckter fossem campeões.
No ano seguinte, todavia, com a Wolf tentando inovar trazendo um carro-asa (que mais parecia um Playmobil aumentado), os resultados foram de medianos para péssimos. Foi nessa época que, ironicamente, Scheckter entrou para o GPDA (Grupo dos Pilotos com Défict de Atenção) que tinha como exclusiva atividade dar pitacos e humilhar pilotos ruins chamando-os de perigosos e imprudentes (algo que Scheckter sempre foi), e inclusive foi o Scheckter quem culpou Riccardo Patrese pela morte de Ronnie Peterson.
Ferrari: Título e aposentadoria[editar ]
Percebendo que não ia a lugar nenhum naquele carro da Wolf, Scheckter foi para a Ferrari em 1979, onde faturou o título bem ao estilo da equipe de Maranello: Sem brilho, sem espetáculo, sem quantidades abundantes de vitórias, apenas marcando pontos o suficiente. Afinal os únicos rivais era um destemido mas ainda novato companheiro de equipe, um Gilles Villeneuve que ficava batendo toda hora, e o Alan Jones da Williams que nunca foi grandes coisas.
A prova de que o título de 1979 foi meramente acidental ficou evidente no péssimo desempenho de Scheckter na temporada de 1980, quando frequentemente ia disputar últimas posições com Arrows, Osella, Ensign e ATS. Scheckter já estava de saco cheio, quando na penúltima corrida daquele ano, durante os treinos em Imola, bateu na mesma curva que Roland Ratzenberger morreu em 1994, foi aí que ele teve a decisão de se aposentar. Percebendo como teria vida curta caso continuasse correndo, já que todo mundo andava morrendo naqueles carros feitos de papelão, ele teve a sábia decisão de aposentar-se da Formula 1 e do automobilismo, passando a trabalhar como fazendeiro produtor de fertilizante.
Que já pararam há várias voltas
Campeões mundiais em negrito
Que estão correndo