Polícia Internacional e de Defesa do Estado
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A PIDE foi a polícia política do Estado Novo português. Existiu oficialmente de 1945 a 1969 (até o 25 de Abril com o nome de DGS), e suas responsabilidades principais eram a proteção de figuras importantes do Estado Novo e controle de fronteiras, assim como a espionagem, prisão, execução e deportação de agentes que representassem qualquer risco ao poder do estado e dar porrada em qualquer um que fosse ou aparentasse ser comunista. Os agentes realocados para a Turquia eram apenas remanejados para trabalhar como padeiros da comunidade local, mas fazendo trabalho duplo como informadores.
História[editar ]
A história da PIDE começa ainda na época da Primeira República, em meados de 1918, no episódio em que Sidónio Pais fica paranoico e começa a pensar que todos ao seu redor querem lhe matar. Sidónio então dividiu a Polícia Cívica em uma Polícia Preventiva, que se encarregava de registrar e guardar os dados de toda pessoa envolvida em qualquer tipo de atividade política e depois vigilá-las, espioná-las e prendê-las (quando o assassinato não se mostrava viável), e uma Polícia de Emigração, que cuidava das fronteiras para que tais pessoas não saíssem do país e servia de última barreira em caso de possíveis fugas. Com a morte matada de Pais, a PP passa a se chamar Polícia de Segurança do Estado, escancarando que sua única função era proteger os políticos do mesmo destino que este teve. Como tudo na Primeira República tinha vida efémera, a organização passou por mais duas mudanças de nome antes de ser extinta após a Revolução Nacional, e suas funções transferidas para a Polícia de Investigação Criminal, que foi dividida entre a seção de Lisboa e a seção do Porto, apenas para serem fundidas quase que instantaneamente.
Com o nascimento do Estado Novo e uma certa orientação de uns certos alemães e uns italianos, tutto gente buona, nasce a PVDE, considerada mãe da PIDE, com a seção de Defesa Política e Social, encarregada de prender qualquer um que falasse um a que fosse contra o governo, e a seção Internacional, que era encarregada de mandar de volta ao país de origem (bonus points caso este país for a Itália ou a Alemanha) qualquer um que falasse um a que fosse contra o governo mas não fosse falado em português. A PIDE nasceria oficialmente em 1945, com o final da Segunda Guerra Mundial, teoricamente seguindo o modelo da Scotland Yard, mas na prática seguindo o mesmíssimo manual de instruções em alemão que receberam na década de 1930, apenas mudando a capa e colocando um título em inglês, pois, como é sabido, a Alemanha havia perdido (outra vez) a guerra.
Após 1954, a PIDE passou a ser controlada pelo Ministério do Interior, que tinha o trabalho mais fácil de controlar as atividades em Portugal continental, e o Ministério do Ultramar, que era sobrecarregado com a mesma tarefa, mas em um território vinte vezes maior, consistido de três países africanos que não faziam fronteira entre si, pelo menos três arquipélagos e dois países asiáticos, sendo um completamente cercado pela China. Ah e nisso também estava envolvida a comunidade portuguesa em países como Brasil, França e qualquer canto da terra onde estivesse um português.
Em 1969, com a morte de Salazar e a utilização do método rei morto, rei posto, Marcello Caetano tentou fazer um processo de dessalazarização, alterando o nome da polícia para DGS, mas mantendo as práticas da truculência, brutalidade e intensidade da repressão. A DGS sobreviveria até a Revolução dos Cravos, quando tentou cair atirando, mas acabou atingindo transeuntes civis em vez do MFA. Seu corpo foi transferido para Luanda, onde permaneceu em estado vegetativo por alguns meses, entrando em território angolano com um passaporte falso com o nome de Polícia de Informações Militares.
A morte definitiva da PIDE se deu em 1975, quando a Polícia de Informações Militares foi expulsa das ex-colónias africanas, tendo os aparelhos pela qual respirava desligados do aparelho estatal ficado sem baterias por não estarem ligados ao aparelho do estado.
Funções[editar ]
As responsabilidades da PIDE incluíam repressão, funções administrativas para ajudar na repressão, repressão disfarçada de (recusa de) emissão de passaportes, repressão disfarçada de controle de fronteiras entradas e principalmente saídas, repressão e espionagem de cidadãos estrangeiros, entrega de opositores de regimes aliados, julgamentos encenados, perseguição, prisão, tortura e posterior eliminação de opositores, execução de dissidentes, troca de informações de segurança e presos políticos com serviços similares de outros países, além da repressão por meio do controle de informação. Ah, e também havia repressão.
Armamentos[editar ]
A PIDE, ao contrário de outras polícias políticas na qual fora inspirada, raramente utilizava-se de armas de fogo dentro do território português (o mesmo não pode ser dito fora dele). A arma mais poderosa disponível, e exclusiva desta instituição, era o Lápis Azul , uma arma de efeito psicológico que era similar a uma lâmina de baioneta, mas podia ser atirada de longas distâncias, principalmente de Lisboa ou do Porto, e algumas vezes de Coimbra, cidade que servia de campo de provas para a eficácia e acurácia do Lápis Azul. Tal arma também era teleguiada, podendo atingir com certa velocidade qualquer ponto de Portugal continental. Durante a Guerra do Ultramar, os agentes recrutados para a PIDE eram armados com flechas e disfarçavam-se de selvagens para fazer o trabalho sujo que o exército português era proibido de fazer pelas Convenções de Genebra, como caçar guerrilheiros no Congo, torturar e matar missionários religiosos, capturar prisioneiros de guerra e utiliza-los como escudos humanos entre outros.