Bomberman (1985)

Origem: Desciclopédia, a enciclopédia livre de conteúdo.
Ir para navegação Ir para pesquisar
Somebody set up us the bomb!!!
Esta página contém elementos bélicos, químicos, atômicos ou bombásticos,
podendo causar um grande estrago no computador (e na mente) do leitor.
Bombanuclear4.gif
Virtualgame.jpg Bomberman (1985) é um jogo virtual (game).

Enquanto isso, alguém acabou de derrotar o Sega Saturn.

Fake Bomberman I

Não, não é a Samus Aram em uma roupa alternativa.

Informações
Desenvolvedor Hudson Soft
Publicador Hudson Soft, Nintendo (Gameboy Advance)
Ano 1985
Gênero Estratégia, Labirinto, Terrorismo, Destruição em massa de blocos
Plataformas NES, Game Boy Advance
Avaliação Um pouquinho melhor que os anteriores.
Classificação indicativa Livre

Bomberman é um arcaico jogo de simulação de terrorismo lançado para o também arcaico NES. Cronologicamente falando, foi o terceiro jogo da série Bomberman a ser lançado no mercado, entretanto, muitos o consideram como o verdadeiro primeiro jogo da série, já que foi com essa pérola dos consoles que fomos apresentado a Shirobon, o principal mascote da Al Qaeda e protagonista milenar da série. Apesar de ter uma qualidade razoavelmente melhor que a versão original e que aquela aberração gamística em primeira pessoa, ainda assim o jogo mantém a principal característica dos seus antecessores: o tédio e a monotonia. Apesar disso, esse foi o primeiro Bomberman a ter uma história (embora sem muito nexo).

Enredo[editar ]

Tudo começa com a jovem e nerd Ada Lovelace, em um laboratório, em algum lugar do mundo e que até hoje não foi citado em nenhum dos games. Engajada com o progresso científica, Ada chega a conclusão de que a melhor maneira de o mundo evoluir e ter mais praticidade é se tivesse a ajuda de máquinas humanoides comandadas por um conjunto de instruções bem definidas. Durante dias a fio Ada ficou trancafiada em seu ambiente de trabalho, até que finalmente conseguiu desenvolver o conjunto de comandos que atendessem ao seu ideal.

Já tendo os algoritmos em mão, agora só o que lhe restava era ter algum aparelho que pudesse ser controlado por ela. Ao ficar sabendo do projeto de Ada, um antigo amigo, Charles Babbage lhe disse que tinha vendido para o ferro-velho alguma bugiganga nesse sentido que talvez fosse ser útil a ela. Ada então leva uns trocados e consegue resgatar o treco que Babbage tinha jogado fora da sucata, e testa seu algoritmo nele. O projeto acabou dando cedo, e assim nascia surgia a máquina analítica, uma revolução para a época.

Entretanto, em algum período depois, uma organização terrorista árabe tem conhecimento daquela invenção, e acaba roubando o protótipo do projeto da máquina analítica. Sob a tutela de Osama Bin Laden, eles adaptam o projeto de Ada para algo que atendesse as suas necessidades, e assim iniciam o projeto Bomberman, cujo objetivo era criar uma linha de robôs humanoides especializados na produção de bombas, dinamites e outros artefatos bélicos para uso em guerras contra hereges, capitalistas e outros seres desprezíveis que eram considerados uma verdadeira ofensa as virtudes de Alá.

White Bomberman vandalizando as instalações da Al Qaeda durante sua incansável busca pela humanidade.

Entretanto, houve um erro grave na linha de produção: um dos cientistas a serviço dos terroristas, Professor Utonium, acabou derrubando elemento X nos equipamentos usados para a criação dos robôs, e como resultado disso os mesmos nasceram com um grave defeito de fábrica, que era a capacidade de raciocinar por si mesmos. Como consequência, os tais robôs não poderiam ser controlados via controle remoto, como havia sido planejado, e os terroristas tiveram que escravizá-los e obrigá-los a trabalhar no desenvolvimento de bombas em um complexo subterrâneo escondido das autoridades.

Os robôs que se recusassem a trabalhar eram submetidos a uma severa sessão de tortura, onde ganhavam um banho de água fria e acabavam morrendo devido ao curto-circuito. Um dos robôs escravizados era White Bomberman, que embora fosse considerado o melhor desenvolvedor de bombas da fábrica, era também o mais triste deles, e vivia sofrendo em depressão e crise existencial por estar naquela espelunca trabalhando feito burro de carga.

Certo dia, White Bomberman ouve das bocas de um X9 que a única maneira de ele dizer adeus aquela vidinha miserável era se tornando humano. Não se sabe ao certo porque caralhos de motivo, mas isso seria possível se ele conseguisse chegar a superfície. Embora não tivesse qualquer lógica naquela história, White Bomberman decidiu tentar a sorte, e assim parte em uma árdua jornada para fugir daquele complexo subterrâneo e se tornar humano. Algumas teorias sugerem que o X9 em questão era na verdade a mesma fada que transformou o Pinóquio em criança de verdade, única explicação plausível para que aquilo fosse possível.

Gameplay[editar ]

Bomberman lançou no mercado aquela saturada mecânica da série que você está já careca de saber: controlar um robô terrorista e explodir blocos e inimigos repetitivos até achar um portal para lugar nenhum.

Bomberman foi uma revolução para a série primeiramente por descartar o fazendeiro alienígena dos outros dois jogos anteriores, que era uma criatura tosca e zoada que não conseguia ser apreciada nem pelas crianças e nem por qualquer outro indivíduo que fosse jogar aquilo. Segundo porque o jogo estabeleceu a tradicional e já batida mecânica de Bomberman que está presente na série até os dias de hoje. Aquela paisagem infernal em preto e vermelho que fazia você se sentir em um ambiente diabólico também foi deixada de lado, dando lugar agora a cenários menos poluídos aos olhos (mas não menos vagabundos, é claro).

Os blocos, que antes eram da cor vermelho-demônio agora ficaram da cor cinza-gótico. Esse novo estilo de bloco, apesar de precário, pegou tão bem pra série que em jogos posteriores foi incansavelmente reutilizado. Tanto é que sempre que se joga um jogo de Bomberman sem que os blocos cinzas apareçam em pelo menos um cenário, seja na história principal ou nos modos de batalha, os jogadores acabam estranhando, já que eles são uma marca registrada da série.

Apesar de tudo, a experiência de jogo continua maçante. Diferentemente dos jogos mais conhecidos, como os da série Super Bomberman, onde você tinha vários cenários coloridos com objetos variados para mandar pelos ares, nesse jogo, em toda a fase, a única coisa que existem são os já mencionados blocos cinzas, e mais nada além deles. O pior de tudo é que são exaustivas 50 fases fazendo praticamente a mesma coisa, que é explodir esses blocos cinzas e tentar matar uns inimigos chatos que conseguem ser mais espertos que muitos noobs que acabam se matando na tentativa de fazer uma armadilha para os mesmos. Aqui já começa o primeiro desafio do jogo: conseguir passar pelas primeiras 10 fases sem morrer de tédio no processo.

Passar de fase também se tornou uma árdua tarefa nessa versão. Primeiro que a quantidade de blocos presente no cenário é infinitamente superior ao da versão de 1983, e é praticamente impossível você conseguir explodir todos os blocos antes de passar de fase sem a ajuda de um power-up. Isso porque agora as fases tem um tempo, e o espaço onde os blocos estão distribuídas é mais alongado. Quando o tempo se esgota, todos os inimigos vivos do cenário são substituídos por moedas vivas super-desenvolvidas que podem atravessar paredes e se movem na velocidade do som, o que representará uma morte quase certa.

Cebolas nunca foram tão perigosas como são em Bomberman...

Para poder passar de fase, além de matar todos os inimigos, você tem que ir explodindo todos os blocos até achar um portal dimensional que o levará para a próxima fase, que na verdade é a mesma fase de sempre, com a diferença que muda o número de inimigos. Isso pode não parecer algo muito complexo, mas o detalhe é que em 95% das vezes esses portais estarão nos últimos blocos que você explodir. Contando com o fato de que seu personagem é mais lerdo que uma lesma, cada inimigo leva mais de 30 segundos até finalmente cair em sua armadilha e que só existe um power-up por fase para lhe ajudar, você dificilmente chegará vivo até o portal.

A velha regra de jamais explodir uma bomba perto do portal teve início aqui, e se você ter a brilhante ideia de fazer isso, uma nova horda de inimigos surgirá, em maior quantidade do que tinha inicialmente. Se por algum milagre você conseguiu sobreviver aos primeiros inimigos, é garantido que agora você vá pro saco, pois levará mais uma porrada de tempo até conseguir matar todos, e sem sombra de dúvidas o mesmo esgotará e as moedas aparecerão. A única característica favorável ao jogador é que a cada fase que você passa, o número de vidas que você tem se acumula. Mas isso não vai mudar coisa caso você perca a bomba remota. Nas últimas fases, muitas dessas moedas aparecem já no início da partida, e é incontável a quantidade de noobs que esgotam todas as suas vidas só por causa delas.

Em relação aos power-ups, os principais deles são o foguinho que aumenta o alcance de sua explosão, a bombinha que aumenta a quantidade de objetos que você pode vandalizar pelo cenário, e a preferida de todo mundo, a bomba-relógio, que permite você controlar apelativamente quando sua bomba irá explodir. Também tem um patins (sim um só, e não um par deles) que você pode achar escondido nas paredes, que teoricamente deveria aumentar sua velocidade, mas que na prática não faz porcaria de diferença alguma e você continua sendo o mesmo bocó lento de sempre. Basicamente, a única forma de você conseguir vencer esse jogo é com a bomba-relógio, do contrário, você dificilmente conseguirá matar os inimigos mais espertos, dada a sua noobice e incapacidade intelectual.

Inimigos[editar ]

A seguir, uma lista dos inimigos que atazanam sua vida nesse jogo. Vale ressaltar que é muito comum os inimigos pararem e ficarem vibrando no meio da tela, sem sair do lugar. Quando questionada sobre isso, a Hudson disse que era proposital, como forma de ajudar o jogador a matá-los mais facilmente, mas todo mundo sabe que na verdade isso não passa de desculpa esfarrapada para acobertar que se trata de um bug grotesco e pra lá de tosco do game.

Barom sprite.png Barom: Isso mesmo, caro leitor, lembra-se daquele balão vivo que apareceu nos jogos anteriores da série? Pois então, ele está de volta nesse game. Como o fazendeiro dos dois primeiros jogos voltou para sua terra-natal em Marte, Barom acabou perdendo a razão de sua existência, que era a de destruí-lo. Porém, com o aparecimento de Bomberman, a fim de evitar que cometesse suicídio, ele acaba encontrando um novo motivo para continuar vivendo: destruir o (削除) Megaman (削除ここまで) Bomberman. Lembrando que nesse jogo ele aparece numa versão menos satânica, para evitar assustar as criancinhas.

O'Neal sprite.png O'Neal: O'Neal nada mais é do que uma cebola (ou alho, sabe-se lá Deus que diabos é isso) que ganhou vida ao ser possuída pelo demônio Zozo durante uma sessão de tabuleiro Ouija. É o segundo inimigo a dar as caras no game, e é um verdadeiro porre ter que lidar com ele, já que ele costuma virar a esquerda ou a direita assim que percebe que estão tentando atentar contra sua vida com uma bomba atômica. Fora que na maioria das vezes esse infeliz se dirige em sua direção sempre que passa pela mesma reta horizontal ou vertical em que você se encontra.

Dahl sprite.png Dahl: Dahl é um barril de rum que sobreviveu ao naufrágio do navio de Barba Negra, e que por algum motivo, acabou criando vida. Embora seja rápido, é um dos inimigos mais burros e fáceis de se matar no game, e quase nunca fará esforço algum para desviar de suas bombas. Ou seja, deixe esse fracassado por último e tente matar primeiro a cebola, que dará mais trabalho.

Minvo sprite.jpg Minvo: Minvo é uma panqueca quase-banguela que se move em alta velocidade. Minvo surgiu quando Professor Utonium derramou elemento X também na massa enquanto a preparava, e assim que ganhou vida, este ser decidiu se esconder atrás dos blocos nas instalações do complexo subterrâneo. Com medo de virar janta, Minvo passou a adotar uma postura hostil, atacando qualquer criatura que se aproxime como legítima defesa. Minvo se move rapidamente pelo cenário, e em geral é mais esperto que Barom e Dahl, já que sempre que percebe que está a uma explosão do caixão, ela desvia para os lados sempre que chega em um bloqueio por blocos.

Doria sprite.gif Doria: Doria foi é um membro rejeitado do Trio Ameba, que por não ter conseguido cachê para participar das Meninas Superpoderosas, se viu obrigado a trabalhar como guarda-costas de terroristas. Tem a capacidade de atravessar blocos e de se mover em sua direção quando te vê, porém, é mais lerdo que o Rubens Barrichello, e mesmo que ele tente fugir do alcance da bomba, é quase garantido que ele irá para a vala. Portanto, se possível ignore esse inútil e se foque nos inimigos realmente insuportáveis.

Ovape sprite.gif Ovape: Como o emprego de saco de pancadas do Pac-Man não rendia nem mesmo um salário mínimo para pagar sua faculdade, Ovape se viu obrigado a fazer bicos em outros jogos, já que embora fosse um fantasma, era tosco demais para a atuar na profissão de assombração de casa assombrada. Como é um fantasma, nada mais justo do que atravessar paredes, correto? Então, é basicamente isso que Ovape faz: atravessa blocos só para poder morrer miseravelmente em alguma bomba estrategicamente colocada a sua espera. Às vezes Ovape usa seu cérebro e volta para trás a fim de evitar sua morte iminente, mas como ele não é muito inteligente, você poderá matá-lo facilmente depois.

Pass sprite.png Pass: Eis aqui o verdadeiro demônio desse jogo. Pass é uma cabeça viva de chupacabras que aparece em uma razoável quantidade de fases, e sem sombra de dúvidas, depois das moedas, é a criatura mais insuportável que você encontrará no jogo. Isso porque esse infeliz é rápido e tem uma inteligência artificial infinitamente superior aos seus outros comparsas. Você pode usar até 8 bombas para tentar matá-lo, mas esse desgraçado desviará de todas e ainda encontrará um jeito de te matar. Só existem duas maneiras de vencê-lo: fazendo uma armadilha contra algum beco sem saída formado por blocos, ou usando uma bomba-relógio, como todo bom covarde o faria.

Pontan sprite.gif Pontan: Embora Pass, durante a maior parte do jogo seja a criatura mais irritante de se encarar, o verdadeiro gerador de raiva e destruidor de felicidades é sem sombra de dúvidas Pontan. Pontan é uma moeda viva, que aparece para te assassinar aos bandos sempre que você for um inútil incapaz de achar o portal e matar todos os inimigos dentro do tempo previsto, numa clara analogia à inflação, que com o passar do tempo, vai ficando cada vez maior até que você morra de desgosto e depressão com o aumento dos preços no mercado. Pontan é capaz de fazer tudo que Pass faz e mais um pouco, pois além de se mover a uma velocidade incapaz de ser acompanhada por olhos humanos, também é capaz de atravessar paredes, se configurando num verdadeiro câncer quase impossível de vencer sem a utilização da bomba-relógio. Nas últimas fases, Pontan aparece já no início do jogo, o que na época do NES era um dos principais motivos para os jogadores lançarem seu videogame na parede, já que o jogo faz questão de colocá-la a dois blocos de distância de você, sem que você consiga colocar sua primeira bomba, te matando instantaneamente e fazendo-o perder a preciosa bomba-relógio.

v d e h
Disponível em "https://desciclopedia.org/index.php?title=Bomberman_(1985)&oldid=3535029"