Dias Gomes

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O casal do demônio - pros crentes anti-novela - Dias Gomes e Janete Clair. Depois que a Janete morreu ele raspou esses pentelhos da cara pra tentar pegar umas novinhas no lugar.

Alfredo de Freitas Dias Gomes, mais conhecido pelo sobrenome de noveleiro Dias Gomes (Salvador, 19 de outubro de 1922 — São Paulo, 18 de maio de 1999) foi um daqueles autores de um monte de historinhas da carochinha cabulosas, como um monte de novelas, muitas delas com um monte de paranauês de personagens aleatórios e similares, vários com particularidades esquisitas e um professor estranho que virava lobisomem.

Biografia[editar ]

Dias Gomes nasceu em Salvador, tendo ido até estudar Direito (clássico de escritor se meter a isso só pra pagar de ter um emprego decente invés de ser só escritor de bobagento), só que ele realmente desistiu do curso antes de acabar e já foi virar artistinha tacando o foda-se pra chances de ganhar dinheiro fácil.

Ainda com 15 anos fez a primeira peça de sua vida, A Comédia dos Moralistas, que não era lá muito boa, mas como foi toda interpretada numa conferência da UNE, os estudantes ficaram tudo ouriçado e deram um prêmio pro Dias Gomes por atacar os falsos profetas e falsos moralistas. Depois virou amiguinho do ator Procópio Ferreira, que fez parceria com o Dias no teatro e assim ele foi ficando mais famoso com peças chatas e cheias de lero-lero. O problema é que suas peças pareciam feitas por um marxista, mesmo até então o Dias Gomes só conhecer o Grouxo Marx e não o Karl.

Essas acusações foram causando umas tretinhas dele com os governantes, o que foi piorando quando ele entrou pra televisão. Sua peça suprema, O Pagador de Promessas , sobre um cara que fez promessa a um santo e também a um orixá para curar um jumento (animal mesmo, não o teu pai), acabou virando filme, sendo o primeiro filme brazuca a concorrer ao Oscar e o único que ganhou Palma de Ouro, mas deixou muito milico putinho. A coisa piorou quando sua peça O Berço do Herói , foi proibida em 1965 de continuar a ser apresentada nos teatros. Assim, dez anos mais tarde ele tentou trollar a galera com uma novela pra Globo (depois de ser demitido da Rádio Nacional porque a essa altura ele realmente tinha virado comunistinha e isso não pegava bem pro povo da rádio trampar com comuna) chamada Roque Santeiro , que chegou até a ter uns capítulos gravados e tudo o mais, mas acabou dando tão errado que os milicos perceberam a mutreta e censuraram a novela toda. Às pressas teve que pedir ajudinha da sua esposa à época Janete Clair pra conseguir aproveitar o elenco todo pra outra novela, uma tal de Pecado Capital . Só em 1985, com um bocado de censuras ainda, que a Roque Santeiro viu a luz do dia.

A essa altura Dias Gomes já tinha ficado famoso por novelas que falavam de um mundo de interior brabo do Nordeste com elementos de realidade fantástica, como O Bem-Amado e Saramandaia , além de outras falando da sociedade mais atual, mas sempre mostrando como ela estava fadada à desgraceira por crescimento desordenado, como na novela O Espigão , que se passava quase que completamente num cosplay do Edifício Joelma (só faltou pegar fogo no final e todo mundo virar churrasquinho) e Bandeira 2 , falando de tráfico de drogas, jogo do bicho e escola de samba, mostrando como no mundo carioca essas porra tudo tá interligada. Pra mostrar como as vezes lhe faltava criatividade, ele ainda chegou a fazer uma série de O Bem-Amado (que criativo isso não?), reaproveitou vários personagens dele e do Cassiano Gabus Mendes em Expresso Brasil (uma "novela" de 40 capítulos) e uma micronovela tapa buraco chamada O Fim do Mundo , além de diversas outras produções, como a sinistra As Noivas de Copacabana sobre um matador de cereais que curtia meninas vestidas de noiva, e Decadência , uma minissérie em homenagem ao Edir Macedo, que entretanto parece não ter curtido muito essa homenagem...

Dizem até que foi o Macedo que rogou uma praga pra em 1999 o Dias Gomes, quando voltava de uma peça com sua segunda esposa, a sugar baby Bernadeth Lyzio, acabou sendo ejetado do táxi após ele bater num busão e beijou o muro de uma maneira não muito educada nem romântica...

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