Quem foi que desenhou caralhinhos voadores na parede do banheiro?
Este artigo pode conter pornografia pesada ou leve. De preferência, leia-o de olhos fechados...
"Quem foi que desenhou caralhinhos voadores na parede do banheiro?" é uma frase metafisica dita por Seu Noronha em um momento de completa ira e de um olhar perdido para o vazio da existência humana. Uma indagação buscando uma resposta que talvez nunca venha, para uma pergunta que parece ser tão simples, afinal de contas... "Quem foi que desenhou caralhinhos voadores na parede do banheiro?", "Hmmm quem foi?"
Noronha (o que recita a frase) é o personagem principal do conto de fadas pornô escrito por Nelson Rodrigues, Os Sete Gatinhos . Noronha é um homem trabalhador e é também um ótimo pai e marido [carece de fontes ], contudo, a sociedade não cansa de lhe esbofetear na cara, até que dentro de sua própria residência adentra o banheiro (um lugar sagrado) e vê um monte de pequenos órgãos sexuais masculinos alados desenhados por um batom vermelho nos azulejos brancos de seu templo defecatório.
Estamos todos acostumados com pessoas que riscam sacanagens nos banheiros públicos, mas esse caso em particular é extremamente curioso, pois não foi em um banheiro público que Noronha se deparou com caralhinhos voadores na parede, foi na sua própria casa, então tal qual um despertar de uma adormecida fera, tal qual Sócrates na busca da sabedoria, René Descartes indagando a razão por trás da realidade das coisas e Nietzche interpretando o sentido da vida, renasce Noronha da labuta diária buscando uma resposta urgente para seu desespero.
Contexto e importância[editar ]
Você pequeno gafanhoto que nunca viu o filme "Os Sete Gatinhos" não deve estar entendendo pica nenhuma sobre o que se trata toda essa história sobre caralhos voadores, mas calma, estamos aqui justamente para entender o contexto dessa frase em sua mais ampla forma. Primeiro vamos tirar o elefante da sala, se você não viu esse clássico do cinema nacional ainda... (削除) peço encarecidamente que você tome no seu cu (削除ここまで) você provavelmente não entende nada sobre a realidade do brasileiro médio, logo, não sabe nada sobre a vida.
Seguinte, o filme conta a história desse homem singelo em atitudes, mas gigante em ideias, o Noronha. Seu Noronha vive com suas cinco filhas e com sua esposa Aracy (que ele carinhosamente chama de gorda), dentre elas, Noronha guarda um carinho especial pela filha mais nova (Silene), defendendo-a em qualquer situação como ele mesmo afirma para o (canalha!) do Doutor Portela, que acusa Silene de matar uma gata prenha:
Cquote1.png Se você falasse de outra filha, qualquer outra, eu não diria nada. Agora mesmo, se o senhor, ou você, xingar, chamar de vagabunda uma dessas (aponta as mais velhas) ou a Gorda, eu lavo minhas mãos... Mas você insultou quem não podia insultar... O senhor não pode entender a pureza de minha filha. Ou pensa talvez que minha filha é como sua mulher? (trincando os dentes) Não se mexa porque eu lhe enfio esse troço! Sua mulher usa vestido colante (aqui ele já perdeu a linha) Cquote2.png
Me desculpa a digressão é que esse filme tem muitos momentos memoráveis, voltando aos caralhos voadores. Entendido o contexto da frase, que pertence a um filme cult e coisa e tal, vamos para a importância dessa frase.
Às vezes o ser humano está (削除) louco nas drogas (削除ここまで) de frente ao maior ato de genialidade que encontrará na vida, mas não consegue se dar conta disso, o melhor exemplo desse fato é essa frase. Falando sério sem gracinha, analise um pouco comigo essa frase, porque para inicio de conversa, importante ressaltar que não foi um caralho qualquer e sem graça desenhado nas paredes do banheiro, foram diversos pequenos caralhos voadores, tente colocar-se no lugar de um ser humano que em suas plenas capacidade mentais pensou em moldar essa junção de palavras, tal qual um pedreiro juntando tijolos para se construir uma casa, "Quem foi que desenhou caralhinhos voadores na parede do banheiro?"
Simulação do evento que acarretou a frase[editar ]
Antes de se adentrar em uma análise linguística da frase propriamente dita, vamos reconstruir o cenário em que ela foi dita.
Casa dos Noronhas, 1980
O ato delitivo contra os bons costumes e a propriedade privada foi realizado por uma mão feminina misteriosa, utilizando um batom vermelho, tal mão "pichou" uma série de pirocas aladas.
Se passa um tempo... A vítima Seu Noronha adentra o banheiro de sua casa portando um jornal em mãos, pronto para cortar o rabo do macaco, enquanto se distraía com sua leitura.
Até que reparou que havia algo de incomum na parede do banheiro. Em um primeiro momento Noronha boceja um "Ãn???"... "Que isso?" olhando incrédulo os desenhos de pênis alado em sua residência, até que suspende as calças e inicia sua ira.
Cquote1.png Puta que o pariu Cquote2.png
Noronha
Abre a porta do banheiro entorpecido pela fúria explosiva de mil sóis olhando diretamente para o espectador e dispara:
Cquote1.png Eu quero saber... Quem foi que desenhou CA-RA-LHI-NHOS voadores na parede do banheiro? Hmm, quem foi? Cquote2.png
Noronha
Então a gorda se manifesta:
Cquote1.png Que isso Noronha? Eu vou lá, eu quero ver isso. Cquote2.png
Gorda
Cquote1.png Não, não, não, não vai lá não, senhora! Só quero saber quem foi! Cquote2.png
Noronha
Cquote1.png E eu é que sei? Cquote2.png
Gorda
Cquote1.png Aaaah não sabe? Cquote2.png
Noronha
Cquote1.png Você com seus coices. Cquote2.png
Gorda
Cquote1.png Coice? É mão na cara. (Dá um tapa na cara da gorda) Cquote2.png
Noronha
Análise da frase[editar ]
A frase "Quem foi que desenhou caralhinhos voadores na parede do banheiro?" é tão emblemática que é plausível ter suas vertentes de estudo para diversas áreas do conhecimento humano. Ressaltando que ela foi escrita pelo gênio Nelson Rodrigues, inclusive dizem algumas lendas por trás de Nelson Rodrigues que certo dia escrevendo uma crônica na redação do jornal, até que foi ao banheiro e um amigo sacana dele foi lá no texto dele e escreveu "Então foi ao mercado comprou um saco de milho", Rodrigues sentou lá e continuou a história... "Chegou em casa em frente a esposa, jogou o milho no chão e falou come galinha, come".
A frase ainda por cima, foi levada em outro patamar pelo potente ator Lima Duarte, em uma obra prima que dispensa comentários.
Gramatical[editar ]
A estrutura sintática da língua apresenta uma sequência que é marcada pelos elementos: sujeito + predicado + complemento.
Tal frase interrogativa começa com o pronome indefinido "Quem", logo, há uma indagação buscando uma pessoa que seria capaz de tal ato atentatório a sociedade. Seguido do substantivo deverbal ação passada de ser: "foi que". Para o verbo no pretérito perfeito "desenhou". Até chegar ao núcleo da oração que é o substantivo plural masculino "caralhinhos" seguido do adjetivo "voadores", dando uma conotação especial a frase. Posterior a isso vem o complemento nominal de lugar "na parede do banheiro".
Cultural[editar ]
O marco cultural da frase advém de um momento único da história moderna brasileira e da demografia em toda a extensão do território nacional, há um antes e um depois de se desenhar putarias em banheiros públicos, antes se desenhava apenas pirocas sem graça, agora a criatividade toma conta do ser humano, podendo ter de todos os tipos, inclusive caralhinhos voadores
Afinal de contas, quem foi?[editar ]
A frase desse artigo está no rol de frases que são mais complexas do que realmente aparentam, tais quais: "Só sei que nada sei.", "Penso, logo existo.", "Quem mexeu no meu queijo?", enfim, uma frase dessas que não tem uma resposta simples. Claro que na obra se é revelado de forma direta a autoria dos desenhos, em um monólogo de colocar o final de Blade Runner no bolso, a gorda revela que foi ela quem desenhou caralhinhos voadores na parede do banheiro, perceba:
Cquote1.png Quem foi? Cquote2.png
Noronha
Cquote1.png Eu. Cquote2.png
Gorda
Cquote1.png A Gorda! Cquote2.png
Noronha
Cquote1.png Eu! Cquote2.png
Gorda
Cquote1.png Tem varizes e um suor azedo! Mas, explica, oh, Gorda: por que tu fazes desenhos obscenos no banheiro? Cquote2.png
Noronha
Cquote1.png Não sei... Talvez porque eu quase não vou a um cinema, a um teatro, vivo tão só! E também porque (mais agressiva) eu não tenho marido! (para "seu" Noronha) Há quanto tempo você não me procura como mulher? Até já perdi a conta! (com certa dignidade) Então, eu ia para o banheiro, rabiscava e, depois, apagava. Ontem, é que eu me esqueci de apagar e... Cquote2.png
Gorda
Cquote1.png (olhando para as filhas) E vocês? Falem! Você! Cquote2.png
Noronha
Cquote1.png Eu vi Arlete beijando uma mulher na boca! Cquote2.png
WTF???
Vídeo do momento exato[editar ]
[フレーム]
Ver também[editar ]
- Caralhinhos voadores
- Os Sete Gatinhos
- Tem carburador ou não tem carburador?, outra dúvida imortal.