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sábado, 23 de janeiro de 2010

Acontecimentos no ano de 1893(3aParte)

  • Julho,15-Discurso parlamentar de Carlos Lobo de Ávila sobre a conferência de Badajoz.

Discurso parlamentar de Carlos Lobo de Ávila sobre a conferência de Badajoz, acusando os republicanos de Iberístas. Veiga Beirão e José de Alpoím apoiam a postura de Lobo de Ávila. Defende-se o deputado republicano Jacinto Nunes, declarando que os republicanos portugueses não são iberístas, apenas se tendo concertado com os republicanos espanhóis, quanto à forma de extinção da monarquia nos dois países.

  • Agosto,23-Criado o Juízo de Investigação Criminal dirigido por Francisco Maria Viegas, que viria a constituir-se numa verdadeira polícia política. Correspondendo também a uma reorganização geral das polícias-
  • Agosto,27-Inaugurado o cabo submarino para os Açores.

Em 1893 foi a vez da Eastern Telegraph Company Limited propocionar aos Açores, elevarem o seu protagonismo enquanto ponto de excelência para a passagem das comunicações submarinas transatlânticas.

A Europe and Azores Telegraph Company, Limited, subsidiária da grande Eastern, veio então desempenhar um papel cimeiro no regime de concessões do Estado português. Tendo as ilhas açorianas como plataforma giratória, os cabos aqui atracados alargaram os circuitos com a América do Norte e vários pontos da Europa.


  • Setembro,28-É Fundado o Futebol Clube do Porto.
O Foot-ball Club do Porto foi fundado no dia 28 de Setembro de 1893 por António Nicolau d'Almeida, um comerciante de vinho do Porto que descobriu o futebol nas suas viagens a Inglaterra.

A fundação do Foot-ball Club do Porto foi notícia nos jornais da época e o evento mais significativo desta primeira e breve existência do clube foi uma partida contra o Club Lisbonense, com o alto patrocínio do Rei D. Carlos, disputada no Porto no dia 2 de Março de 1894 e na qual cada clube representou a sua cidade.

Contudo, poucos dias depois da partida ouvir-se-ia falar do FC Porto pela última vez no século XIX; António Nicolau d'Almeida acedeu ao pedido da futura esposa, que considerava o futebol uma modalidade demasiado violenta, e afastou-se do clube que entrou num período de letargia.


Acontecimento no ano de 1893 (2aParte)

  • Abril,07-Nascimento de Almada Negreiros artista e escritor.
Nasceu em S.Tomé. Seu nome completo José Sobral de Almada Negreiros.

Foi um dos fundadores da revista “Orpheu”(1915), veículo de introdução do modernismo em Portugal, onde conviveu de perto com Fernando Pessoa. Além da literatura e da pintura a óleo, Almada desenvolveu ainda composições coreográficas para ballet. Trabalhou em tapeçaria, gravura, pintura mural, caricatura, mosaico, azulejo e vitral.
Um artista completo, clicar para ler mais sobre Almada Negreiros.


  • Abril,12-D.Maria Pia parte para Itália para assistir ás bodas de prata do rei Humberto I
Bodas de prata do seu casamento com Margarida de Sabóia. Humberto I era rei de Itália, desde 1878, filho de Vitor Emanuel II, portanto irmão de D.Maria Pia mãe do rei D.Carlos

* Maio,01-Manifestação socialista ao túmulo de José Fontana.Comício no teatro da praça da Alegria.

José Fontana nasceu na Suíça em 1841 tendo-se suicidado em 1876. Radicou-se em Portugal e foi um dos fundadores do Partido Socialista e redigiu os estatutos da Associação Fraternidade Operária.

Nos últimos anos da sua vida filiou-se na Maçonaria, suicidando-se quando já era sócio-gerente da Livraria Bertrand. Tendo uma origem operária, foi um dos defensores das classes trabalhadoras. Antero de Quental foi seu grande amigo e co-fundador do Partido Socialista.

A União Operária do 1o de Maio, organizadora da jornada, publicou um manifesto apelando a todos os operários para que considerassem feriado o dia 1ode Maio, e decidiu que a manifestação se processasse de três formas: cortejo cívico, de manhã; um comício à tarde e sessões alusivas ao acto, à noite, nas várias associações operárias.

O cortejo saiu do Pátio do Salema e dirigiu‑se ao Cemitério dos Prazeres, onde se concentraram 10 mil manifestantes. Depois de terem prestado homenagem a José Fontana, os manifestantes dirigiram‑se para os terrenos onde existira o Teatro Alegria (na Rua da Alegria), a fim de participarem no comício. Neste falaram vários oradores e foram aprovadas as reclamações operárias sobre as 8 horas.

Acontecimentos no ano de 1893 (1aParte)

  • Fevereiro,20-Comício autonomista nos Açores no Teatro Micaelense.
Falar de autonomia açoriana é referir a figura de Duarte de Andrade Albuquerque Bettencourt , um grande proprietário, aparentado com as grandes famílias da ilha de São Miguel, bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi um dos mais influentes políticos do Partido Regenerador. Porém aderiu aos ideais autonomistas, contra as indicações do seu partido, sendo eleito por aclamação membro da Comissão Autonómica de Ponta Delgada durante este comício autonomista realizado no Teatro Micaelense de Ponta Delgada.

Na sequência desses acontecimentos, viria a integrar a lista autonomista que concorreu às eleições gerais de 15 de Abril de 1894 (30.a legislatura da Monarquia Constitucional Portuguesa) pelo círculo eleitoral de Ponta Delgada, sendo eleito deputado.
  • Fevereiro,25-Carlos Zeferino Pinto Coelho-morte do chefe do Partido Legitimista.
Partido que defendia os direitos sucessórios de D.Miguel, cuja causa pretendia após o triunfo liberal, ser dispensado do juramento aos Braganças reinantes que reivindicavam desde o tempo de D.Maria II.Estrategicamente alinhavam com as teses do Partido Progressista.


  • Março,16-Decreto que regulamenta o trabalho das mulheres e dos menores.
A idade legal para trabalhar passa para os 16 anos para os homens e 21 anos par as mulheres.
Proibição das mulheres trabalharem mas primeiras 4 semanas após o parto.
Fábricas que empregassem mais de 50 mulheres, eram obrigadas a instalar uma creche a menos de 300 metros do local de trabalho.
Previa-se a possibilidade das mães se ausentarem do trabalho, par amamentarem os filhos.
Iniciativas legislativas por iniciativa do então Ministro das Obras Públicas Dr. Bernardino Machado

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Acontecimentos no ano de 1893(5a Parte)

  • Outubro,17-João Franco em nome da presumível ameaça anarquista, defende que sejam aplicados meios extraordinários de governo.
  • Novembro,30-Liga liberal publica moção de apoio ao ministro Augusto Fuschini.
  • Dezembro,07-Dissolução da Câmara dos Deputados, são marcadas eleições para 7 de Março de 1894.
  • Dezembro,20-Augusto Fuschini e Bernardino Machado demitem-se do governo.
Pela vastidão dos conhecimentos económicos, de Augusto Fuschini e pelas apreciações publicas que tinha feito do estado do país, quer sob o ponto de vista da sua política interna e externa, quer a respeito das suas finanças, houve um movimento de interesse e curiosidade, esperando-se que o novo estadista convertesse em factos, as teorias que vinha sustentando.

A sua passagem pelo poder foi rápida, saindo do ministério por circunstâncias que ele largamente expôs no seu livro Liquidações políticas, que publicou em 1896.

Bernardino Machado, foi ministro das obras publicas em 1893, e a ele se deve o decreto que autorizou a organização da exposição industrial portuguesa, que nesse ano se realizou nos salões do Museu Industrial e Comercial, instalado no edifício dos Jerónimos, cuja exposição se inaugurou no dia 28 de Julho.

Durante o seu ministério prestou bons serviços entre os quais se contam: a criação de algumas escolas industriais, o desenvolvimento da sericultura em Mirandela, Guarda e Coimbra, etc.

Publicou três decretos em protecção ao operariado: regulando o trabalho das mulheres e dos menores nas fabricas industriais, regulando as bolsas do trabalho.
(respigado do portal da História)
  • Dezembro,20-Remodelação governamental-Hintze na Fazenda, Correia Arouca no estrangeiros e Lobo Ávila nas obras públicas.
Depois de muita intriga e jogo de bastidores, o conhecido filho do Conde Valbom, Lobo Ávila, conhecido como o Carlotinha pelas sua presumível homossexualidade, é nomeado ministro das Obras Públicas em substituição de Bernardino Machado.

Correia Arouca volta a governo para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, e o ministro Hintze Ribeiro acumula a pasta da fazenda em substituição de Fuschini


sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Acontecimentos no ano de 1893(4aParte)

  • Maio,15-Reabertura das Cortes. Apresentadas as propostas de reforma da fazenda pública.
Depois dum interregno de quase três meses o governo volta com um programa intenso de agravamento de impostos. As associações Comerciais e Industriais e dos Lojistas protestam e Augusto Fuschini foi desde logo obrigado a desistir do agravamento da contribuição predial, também por igual pressão interna pela parte de João Franco e Hintze, que temiam excitação dos "distritos do norte".
  • Maio,20-Acordo com os credores externos da dívida pública portuguesa.
O próprio rei acompanhou com cuidado as negociações com os negociadores com os credores externos, recomendado que a dignidade do País fosse sempre respeitada
  • Junho,24-Reunião dos republicanos espanhóis em Badajoz contribui para o descrédito dos republicanos portugueses, pelas ilações que a presença de alguns republicanos portugueses como Eduardo de Abreu, Jacinto Nunes, Teixeira de Queirós, Gomes da Silva, Magalhães Lima, Feio Terenas e Cunha e Costa entre outros, onde se defendeu a necessidade de instauração de uma federação ibérica.
  • Junho,27-Conferência do agrónomo Louis Grandeau na Sociedade de Geografia de Lisboa sobre a cultura do trigo.

Grande cientista aplica os seus conhecimentos com doutoramentos também em medicina e farmácia, na reformulação de novos conceitos agrícolas, introduzindo produtos químicos na produção agrícola com vista a aumentar a sua produtividade.
  • Julho-Lei que delimita a liberdade de reunião.
As constantes notícias sobre a eventualidade duma bancarrota, fazem aumentar o efeitos da propaganda socialista sobre a necessidade da sua institucionalização.Assim os organizadores passaram a ter a obrigação de informar as "autoridades", governador civíl ou administrador de concelho da organização as suas reuniões com 24 ou 48 horas de antecedência.

domingo, 4 de novembro de 2007

Morte de Rosa Araújo-Um Político como já não há(1893)


Filho dum rico comerciante, desde novo se interessou pela política veementemente discutida na confeitaria de seu pai, na rua de S. Nicolau, (nos actuais números 44 e 48) em Lisboa, levando-o a participar na revolução da Maria da Fonte em 1846 e a sócio do Clube dos Camilos.

Grande militante do associativismo, era membro de várias entidades que mais serviços prestavam aos mais desfavorecidos.


A Confeitaria conhecida pela Confeitaria Cocó, vêm do tempo do seu avô, pelo facto dele chamar da porta da sua loja os rapazes que por ali passavam para lhes dar um rebuçado, um cocó, como ele dizia.


Mais tarde este apodo passou a nomear a gloriosa especialidade da casa – os célebres pastéis de ovos finíssimo e gostosíssimo folhado, obra-prima da doçaria nacional.


Foi vereador da câmara de Lisboa, depois seu Presidente, estando associado à reformulação da Avenida da Liberdade, que tinha outra configuração arquitectónica do tempo do Passeio Público pombalino.

Um dia, em 24 de Julho de 1879, inauguraram-se as obras do grande empreendimento com a demolição do Teatro Variedades e da velha Praça do Salitre. Vinte e dois contos, (…) foi a quantia que a Câmara despendeu com a expropriação daqueles dois edifícios e foi também a quantia que ela ficou a dever, na ocasião, ao presidente da sua vereação. Depois procedeu-se à demolição dos prédios da rua do Salitre, rua que chegava até à das Pretas, e em seguida à dos que existiam na praça da Alegria de Baixo.


Rosa Araújo, tinha uma grande fortuna herdada de seu pai, não só através da referida confeitaria, como também duma casa bancária que estabelecera na rua do Arco Bandeira em Lisboa, porém a sua extrema bondade fazia com que a sua bolsa estivesse sempre aberta aos que dela necessitavam. de tal forma que a fortuna chegou a estar muito comprometida, levando-o quase à pobreza.


Imagine o funeral deste homem, falecido em 26 de Janeiro de 1893, com apenas 52 anos. O primeiro enterro que teve licença de passar pelo centro da Avenida da Liberdade foi o do próprio José Gregório da Rosa Araújo.


A confeitaria lá continuou a fazer o seu negócio, a vender os seus afamados folhados com doce de ovos, os seus inimitáveis cocós, primeiro sob a administração do Tribunal do Comércio, depois, e por longos anos, como propriedade de Isidro Mendes da Silva, antigo empregado da casa, que em certa altura a trespassou a Tomaz Ferreira de Lima a quem sucedeu sua viúva que teve como associado na gerência da casa o Sr. Baptista Pinto.

Em 1938 fechou as suas portas; contava 105 anos de idade.
Hoje está lá um bar e para vergonha desta cidade onde entre os seus defeitos ou as suas qualidades ainda avulta a inconsciência, os seus proprietários adoptaram para título comercial os apelidos do antigo presidente da Câmara Municipal! Bar Rosa Araújo! Como isto por não nos poder indignar, nos confrange.

( publicado do blog da Junta de Freguesia de São José)

Acontecimentos no ano de 1893-(1a Parte)

Acontecimentos em Portugal-(Janeiro a Abril)
  • Janeiro,01-Oliveira Martins publica o artigo “El-rei D.Carlos”.
Publica artigo na Semana Ilustrada, suplemento dominical do Jornal do Comércio, de Henrique Burnay (1837-1909), onde incita D. Carlos à ditadura. Aliás, parece unânime a rejeição do que está. Se uns falam na revolução vinda de baixo, outros apelam para a revolução vinda de cima. Tudo se tenta e no poder até estão proponentes da terapêutica intervencionista que, contudo, parecem não a saber operar.
(para ver notícia de referência clicar aqui )
  • Janeiro,14-Morte de José Falcão
Professor de Matemática na Universidade de Coimbra, nasceu em Miranda do Corvo grande defensor das ideias republicanas. Foi ele o encarregado de reorganizar o partido republicano no Porto, após a revolta falhada do 31 de Janeiro.
Teórico republicano publicou em 1884 a Cartilha do Povo um documento importante da propaganda republicana bem como vários artigos e o próprio Manifesto.
Proposto para deputado em 1892 a morte aos 51 anos veio por fim à sua vida

  • Fevereiro,01-Fundado o periódico católico Correio Nacional, visando dar apoio à constituição do projecto de Centro Parlamentar Católico, iniciativa de Henrique Barros Gomes, Jeronimo Pimentel e do conde de Casal Ribeiro, mas que acaba por fracassar.


quinta-feira, 19 de julho de 2007

Hintze Ribeiro chefia o 5oGoverno

A demissão do governo de Dias Ferreira, significou o fim das soluções extra partidárias tentadas por D.Carlos I, voltado a designar governos de cariz partidário, neste caso procurou solução no âmbito do partido Regenerador.

Naturalmente o nome indicado seria o de Serpa Pimentel, mas o convite é dirigido a Hintze Ribeiro para a chefia do governo,que se iria encarregar igualmente da pasta dos Estrangeiros, enquanto para a importante pasta do Reino surgia o nome de João Franco.

Homens diferentes, Hintze açoriano e Franco beirão, caracterizado pelo sotaque que fazia as delicias da imprensa da oposição chamando-lhe o XOÂO.

Ambos bacharéis em direito pela Universidade de Coimbra, singraram rapidamente na política.

Ribeiro, mais velho 6 anos, sóbrio e grave era inexcedível em colocar um problema, metódico e claro. Franco, um grande orador, eloquente e de discurso fácil.
Finalmente, diga-se que as suas relações eram más, nem se falavam.

Aparentemente, João Franco, parecia á partida melhor colocado, para a chefia de um novo governo regenerador, por força da sua melhor colocação, junto da corte de influência do rei, onde pontificava a figura de Carlos Ávila (o Carlotinha) filho do conde de Valbom, um dos mais célebres lideres da esquerda portuguesa.

A razão porque D.Carlos preferia um governo Regenerador era porque, era esse partido que detinha a maioria no parlamento, muito embora Serpa Pimentel lhes não tivesse autoridade, enquanto líder do partido, daí com certeza a motivação de D.Carlos em convidar alguém que fosse minimamente credível no parlamento.

Segundo Rui Ramos António de Serpa Pimentel, terá amuado, por ter sido marginalizado, tentando negar ao governo a qualidade de Regenerador.

Para o professor Adelino Maltez, o rei terá convidado Serpa Pimentel e este é que terá recusado, por ser na altura administrador da companhia dos Caminhos de Ferro do Norte e Leste.

De qualquer forma o governo criado, não foi um governo Regenerador, foi mais uma vez um governo que se pretendia de compromisso, englobando antigos Regeneradores e também antigos Progressistas.

Augusto Fuschini,(Finanças) e Bernardino Machado(Obras públicas), maçons e com credenciais esquerdistas.
Neves Ferreira(Ultramar e Marinha) antigo governador de Moçambique
Completavam o leque governamental Pimentel Pinto(Guerra) e António Castelo Branco (Justiça), sobrinho de Camilo Castelo Branco.

Assim foi criado a 23 de Fevereiro de 1893 o 5o governo de D.Carlos I




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