Prisioneiro no Vaticano

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Quando a Força aprisionou o Darth Bento XVI.

Prisioneiro no Vaticano ou Prisioneiro do Vaticano refere-se ao período da Questão Romana onde os papas, após perderem os Estados Pontifícios durante o processo da Unificação da Itália. Esse termo, ou melhor, esse chororô, foi emitido pelo papa Pio IX - aquele mesmo que se dizia "O Infalível" - após falhar feio (e nem tô falando daquele tipo de falhada) em impedir a captura de Roma no ano de 1870. Desde esse chorão, seguindo todos os papas sucessores até 1929 foi esse melodrama, com o papa se recusando a reconhecer a autoridade estatal do rei da Itália e de quem quer que seja, inclusive os excomungando e aumentando substancialmente a população do inferno com suas condenações a todos os infiéis que os mantinham em "cativeiro" só porque ele perdeu o queijo dele.

Como rolou a prisão?[editar ]

Como falado, começou a resenha da unificação da Itália, um processo que já vinha se intentando desde possivelmente a década de 1830, mas sem o apoio da Igrejinha o Vitor Emanuel II sofreu pra caralho pra conseguir unificar aquele pardieiro de reinos. Até que enfim, em 1870, já tavam com a faca e o queijo na mão, tendo conquistado quase a porra toda, menos Roma e uns nacos que demorariam ainda um tempinho pra catarem pra si.

Aí a sorte sorriu pros conquistadores do Reino da Itália 3.0, quando estourou a Guerra Franco-Prussiana, entre a Confederação da Prússia e o estúpido Império Francês do Napoleão de feira da fruta. E aí cês me perguntam "ué, que que uma guerra entre esses dois aí teria a ver com a Itália?" Tem a ver que o Napoleão genérico tinha deixado uma guarda pessoal enorme defendendo o papa, só que ao rolar a guerra, precisou puxar essas tropas pra ele, o que deixou espaço aberto pro ateu Giuseppe Garibaldi (aquele mesmo que já tinha feito uma baguncinha nas províncias da Região Sul do Brasil anos antes) mostrar pro papa que as rezas dele não funcionavam.

O papa, puto ao perder tudo, ainda amaldiçoou não só o Vítor Emanuel II e o Giuseppe Garibaldi, como todo o resto da nobreza italiana e também o Napoleão III por ter tirado seus guarda-costas daquele jeito (aliás, ao menos essa zica realmente funcionou, já que o Napoleão III em 1871 se fodeu, perdendo a guerra e o trono). E aí começou a ladainha papal, dizendo que estava sendo sequestrado pelos governantes italianos, blá blá blá, só choramingando e birrando, mesmo que o próprio povo dos Estados Pontifícios, mesmo os mais carolas que viviam na Cidade Leonina e no resto de Roma e do Vaticano disseram sim pra dominação italiana (nem preciso dizer que o Pio IX excomungou de imediato todos eles).

O período da ladainha[editar ]

Durante 59 anos os papas ficaram isolados no Vaticano, se recusando a sair de lá, fazendo inclusive a missa do galo e as bênçãos do Urbi et Orbi que só eles mesmos entendem, já que ninguém além desse povo realmente fala latim mais, de dentro da Basílica do Vaticano, não aparecendo na sacada pra isso. Na verdade por anos só se sabiam dos papas a foto e o nome que inventaram pra ficar pra si mesmos, porque de resto ninguém nem via esses filhos da puta.

Essa frescurite só foi enfim encerrada em 1929, quando o Tratado de Latrão assinado pelo Benito Mussolini dava ao Pio XI e seus sucessores o poder sobre o país mais ridiculamente pequeno do mundo, o Vaticano, menor que o teu pau sem dúvidas, dando pra se atravessar a rua ir parar em alguma parte da Itália sem querer.

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