Lêdo Ivo
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Carlos Heitor Cony sobre Lêdo Ivo
Lêdo Ivo (Maceió, 18 de fevereiro de 1924 — Sevilha, 23 de dezembro de 2012) foi um escritor brasileiro que ficou famosinho por poesias, romances e contos a palo seco, sem emoção nenhuma, ou seja, escrever os livros dele e fazer um tijolo de barro era exatamente a mesma sensação.
Biografia[editar ]
Lêdo nasceu lá por Alagoas, mas bem cedo foi estudar em Recife, já que como todo mundo deve saber educação em Alagoas é tão boa que só elegem político bosta por lá. Lá ele conheceu o ensaísta Willy Levin e o pintor Vicente do Rego Monteiro, que ensinaram tanto a ele como a seu amigo de curso João Cabral de Melo Neto sobre as porra louquices artísticas que rolavam pros lados da Europa, o tal do Modernismo, e que a algum tempo já tinham chegado no Brasil.
Foi conhecendo dessas paradas que o Lêdo virou escritor, pra tristeza dos pais dele. Ganhou uma grana num concurso de poesia em 1943 no Recife, e aí foi pra Cidade Maravilhosa estudar na Faculdade Nacional de Direito (o lugar-comum de escritor no Brasil pra não passar fome, virar cursado em Direito porque se tudo der errado ainda dá pra fazer OAB...).
Virando jornalista, pôde virar miguxo de vários políticos como os presidentes Juscelino Kubitschek e Itamar Franco, esse último chegou a conceder a Ordem do Mérito Militar, um dos muitos prêmios que ele descolou na vida, mesmo provavelmente você nunca tendo lido um livro sequer dos SETENTA E SEIS livros que ele publicou, a maioria ainda em vida, entre contos, romances, livros e antologias poéticas, ensaios e outras frescurites do tipo. Também descolou trampo de tradução, traduzindo uma pá de livros de autores como Jane Austen e Fiódor Dostoiévski, ou seja, capaz de você ter lido não um livro do Lêdo, mas alguma das traduções dele é bem capaz de sim.
Morreu viajando pra Espanha de mal súbito, uma coisa aliás que ele fazia direto que era viajar, uma forma de escapar do fato de todo mundo confundir ele com o Lúcio Mauro ou com o João Alves dos Anões do Orçamento.