Hellraiser: Julgamento
Hellraiser: Julgamento foi a última (graças a Leviathan!) criação deformada da Dimension Films para a série Hellraiser. O resultado da vez foi tão contraditório (o filme até que não é tão desgraçado quanto seus antecessores a partir do 4 ou 5 ou 6, sei lá, mas em compensação ninguém deu um puto pra comprar o DVD dessa josta, nem mesmo pirata, ou procurar nos streamings da vida) que enfim a produtora praticamente largou mão dessa merda.
Sinopse[editar ]
Gary J. Tunnicliffe (um maquiador de cinema tentando dar uma de diretor e roteirista, melhor nem esperar nada de bom disso aí...) tentava escrever um filme de investigação policial. Só que ao longo do roteiro sendo lido por ele mesmo, ele deu-se conta que meter um assassino que trampava com os dez mandamentos para despachar a galera estava mais pra um clone de Se7en - Os Sete Pecados Capitais do que qualquer outra coisa.
Vendo que logo iriam zoar valendo com sua "criatividade" original a beça, ele apresentou seu roteiro a algum FDP da Dimension Films, que disse "olha, você poderia seguir o exemplo de outros autores nossos que criaram uns filmes tipo Hellraiser V: Inferno , Hellraiser VI: Caçador do Inferno , Hellraiser VII: O Retorno dos Mortos e Hellraiser VIII: World of (削除) Warcraft (削除ここまで) Hell e aí você emenda seu enredo com o Pinhead no meio, não é sucesso garantido, mas ao menos cê garante uma laminha pra você e pra gente!"
(Eu desconfio que eles estavam era com medo de perderem os direitos da franquia e não lançar mais nada, por isso inventaram essa marmota...)
Enfim, o Gary topou, mas ele ao menos não deu uma de Rick Bota que só fazia mesmo uma gambiarra porca, ele até que deu umas nuances insanas e diferentinhas: enfiou duas dimensões a mais além do inferno na parada: o paraíso, todo branco, iluminado e difícil de ver qualquer coisa devido ao ofuscamento das retinas, em detrimento ao inferno escuro e gótico; e o purgatório, que era todo amarelado, com um lance meio a lá Se7en com desconto mesmo. Nesse último ocorreria uma tal de Inquisição Estigiana, comandada por um maluco chamado de O Auditor, basicamente um burocrata de quinta que seria meio que o São Pedro sadomasoquista que dirá pra onde caralhos cê vai no paranauê do outro mundo.
É, como dá pra ver, o filme tem esses lances meio de fantasia, ficção científica e tudo o mais, só que terror mesmo... bem, terror mesmo é a Heather Langenkamp (a Nancy Thompson de A Hora do Pesadelo ), mesmo sendo casada com o dono da AFX Studio David Anderson, dono de dois Oscars e muita grana, ter topado aparecer nessa porra toda maquiada pra virar uma velha decrépita por menos de um minuto de cena dona de uma espelunca onde os três detetives do filme vão se esconder. Eu iria até dizer que não tá fácil pra ninguém, mas... caralho Heather, não pô, para que tá feia!
Ao menos esse lance de dimensões e etc meio que seria reaproveitado - bem melhor reaproveitado aliás - no reboot da franquia em 2022, mas né, nesse aqui só ficou aquilo, é divertido por dez minutos e depois é igual espancar a avó com caco de telha...