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13/03/08 - 15h33 - Atualizado em 13/03/08 - 17h20

Nova tecnologia dispensa gasolina na partida de carros bicombustíveis

Delphi anuncia nova geração de sistema bicombustível com partida a frio.
Inovação está no aquecimento do álcool para atingir o ponto de combustão.

Priscila Dal Poggetto Do G1, em São Paulo

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Nova tecnologia aquece o álcool combustível durante a partida do veículo (Reprodução/TV Globo)
MULTI_MATERIA Brasil tem 5 milhões de veículos bicombustíveis https://g1.globo.com/Noticias/Carros/0,,MUL345131-9658,00-BRASIL+TEM+MILHOES+DE+VEICULOS+BICOMBUSTIVEIS.html

O tanquinho de gasolina instalado na parte dianteira dos carros bicombustíveis para a partida deverá perder a função em breve. A Delphi anunciou nesta quinta-feira (13) que já está com a nova tecnologia de sistema flex de partida a frio disponível para as montadoras. Segundo a empresa, a nova tecnologia aquece o álcool combustível durante a partida do veículo, dispensando a injeção de gasolina nas primeiras voltas do motor. A Delphi garante que o sistema funciona em temperaturas de até –5oC.

"Esse é o início do trabalho e a gente tem esperança que essa temperatura vá continuar a diminuir. No início do carro a álcool era preciso de temperatura ambiente de 20oC para dar a partida, hoje existem carros que com até 10oC não precisa da gasolina", explica o diretor de engenharia da Delphi para América do Sul, Roberto Stein.

O lançamento da tecnologia tem sido disputado entre as principais fabricantes de sistema bicombustível, como a Bosch e a Magneti Marelli. Com o anúncio da Delphi, a corrida pela nova geração de carros que aceitam álcool e gasolina deverá se tornar mais acirrada, o que significa que as montadoras deverão aderir ao novo sistema entre este ano e 2009.

"O tanquinho adicional incomoda quando não é abastecido e a pessoa quer ligar o carro e não consegue em dias frios. Abrir o capô para abastecer também acaba sendo um incômodo", acrescenta Stein.

De acordo com a Deplhi, ainda não há um contrato específico fechado, mas as fabricantes já estudam o investimento na partida a frio, com preocupação tanto nas vendas para o mercado nacional quanto nas exportações.

Segundo o diretor de engenharia, ainda não é possível dizer se a adoção da tecnologia pela indústria aumentará o preço final do veículo. "Nossa expectativa é mudar o sistema sem alterar o valor, mas como fornecedor, falo no que se refere a custo e não em relação a preços e oportunidade de mercado", explica.

A quantidade de veículos equipados com o sistema flex fuel no Brasil já supera 5 milhões unidades. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), os veículos bicombustíveis já representam 88% das vendas no mercado nacional.

Além da partida a frio em carros bicombustíveis, o mercado aguarda a chegada das motocicletas flex fuel, já prometidas pela indústria nacional.

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